quinta-feira, 18 de julho de 2019

Livro Missionários da Luz, 19º Capítulo, Passes

Francisco Cândido Xavier, Ditado pelo Espírito
André Luiz

(A VERDADE INDEPENDE DE RELIGIÃO
Basta Uma Religião, embora umas esclareçam a realidade e outras preferem escondê-las, para fins de escravidão dos seus, confirmem)

"Um desses serviços era o de passes magnéticos, ministrados aos freqüentadores da casa.
O trabalho era atendido por seis entidades, envoltas em túnicas muito alvas, como enfermeiros vigilantes. Falavam raramente e operavam com intensidade. Todas as pessoas vindas ao recinto recebiam-lhes o toque salutar e, depois de atenderem aos encarnados, ministravam socorro eficiente às entidades infelizes do nosso plano, principalmente as que se constituíam em séqüito familiar
dos nossos amigos da Crosta.
Indagando de Alexandre, relativamente àquela secção de atividade espiritual, indicando-lhe os companheiros em esforço silencioso, esclareceu o mentor, com a bondade de sempre:
– Aqueles nossos amigos são técnicos em auxílio magnético, que comparecem aqui para a dispensação de passes de socorro.
Trata-se dum departamento delicado de nossas tarefas, que exige muito critério e responsabilidade.
– Esses trabalhadores – interroguei – apresentam requisitos especiais?
– Sim – explicou o mentor amigo –, na execução da tarefa que lhes está subordinada, não basta a boa vontade, como acontece em outros setores de nossa atuação. Precisam revelar determinadas qualidades de ordem superior e certos conhecimentos espe-
cializados. O servidor do bem, mesmo desencarnado, não pode satisfazer em semelhante serviço se ainda não conseguiu manter um padrão superior de elevação mental continua, condição indispensável à exteriorização das faculdades radiantes. O missionário do auxilio magnético, na Crosta ou aqui em nossa esfera, necessita ter grande domínio sobre si mesmo, espontâneo equilíbrio de sentimentos, acendrado amor aos semelhantes, alta compreensão
da vida, fé vigorosa e profunda confiança no Poder Divino. Cumpre-me acentuar, todavia, que semelhantes requisitos, em nosso plano, constituem exigências a que não se pode fugir, quando, na esfera carnal, a boa vontade sincera, em muitos casos, pode suprir essa ou aquela deficiência, o que se justifica, em virtude da assistência prestada pelos benfeitores de nossos círculos de ação ao
servidor humano, ainda incompleto no terreno das qualidades desejáveis.

– Vejamos esta irmã – exclamou Anacleto, prontificando-se ao auxilio afetuoso –, observe-lhe o coração e, principalmente, a válvula mitral. Detive-me em acurado exame da região mencionada e, efetivamente, descobri a existência de tenuíssima nuvem negra, que cobria grande extensão da zona indicada, interessando ainda a válvula aórtica e lançando filamentos quase imperceptí-
veis sobre o nódulo sino-auricular.
Expus ao novo amigo minhas observações, ao que me respondeu:
– Assim como o corpo físico pode ingerir alimentos venenosos que lhe intoxicam os tecidos, também o organismo perispiritual pode absorver elementos de degradação que lhe corroem os centros de força, com reflexos sobre as células materiais. Se a mente da criatura encarnada ainda não atingiu a disciplina das
emoções, se alimenta paixões que a desarmonizam com a realidade, pode, a qualquer momento, intoxicar-se com as emissões mentais daqueles com quem convive e que se encontrem no mesmo estado de desequilíbrio. Às vezes, semelhantes absorções constituem simples fenômenos sem maior importância; todavia, em muitos casos, são suscetíveis de ocasionar perigosos desastres orgânicos. Isto acontece, mormente quando os interessados não têm vida de oração, cuja influência benéfica pode anular inúmeros males.
Indicou o coração de carne da irmã presente e continuou:
– Esta amiga, na manhã de hoje, teve sérios atritos com o esposo, entrando em grave posição de desarmonia íntima. A pequena nuvem que lhe cerca o órgão vital representa matéria mental fulminatória. A permanência de semelhantes resíduos no coração pode ocasionar-lhe perigosa enfermidade. Atendamos ao caso.
Sempre sob minha observação, Anacleto assumiu nova atitude, dando-me a entender que ia favorecer suas expansões irradiantes e, em seguida, começou a atuar por imposição. Colocou a mão direita sobre o epigástrio da paciente, na zona inferior do esterno e, com surpresa, notei que a destra, assim disposta, emitia sublimes jatos de luz que se dirigiam ao coração da senhora enferma, observando-se nitidamente que os raios de luminosa vitalidade eram impulsionados pela força inteligente e consciente do emissor. Assediada pelos princípios magnéticos, postos em ação, a reduzida porção de matéria negra, que envolvia a válvula mitral, deslocou-se vagarosamente e, como se fora atraída pela vigorosa vontade de Anacleto, veio aos tecidos da superfície, espraiando-se
sob a mão irradiante, ao longo da epiderme. Foi então que o magnetizador espiritual iniciou o serviço mais ativo do passe, alijando a maligna influência. Fez o contacto duplo sobre o epigástrio, erguendo ambas as mãos e descendo-as, logo após, morosamente, através dos quadris até aos joelhos, repetindo o contacto na região mencionada e prosseguindo nas mesmas operações por diversas vezes. Em poucos instantes, o organismo da enferma voltou à normalidade.

– Perdoe-me a pergunta, mas, na hipótese de não se socorrer esta irmã, da colaboração de uma casa espiritista, como se haveria com a doença oculta? Estaria ao abandono?
– De modo algum – respondeu Anacleto, sorrindo. – Há verdadeiras legiões de trabalhadores de nossa especialidade amparando as criaturas que, através de elevadas aspirações, procuram o caminho certo nas instituições religiosas de todos os matizes. A manifestação de fé não se limita a simples afirmação mecânica de confiança. O homem que vive mentalmente, visceralmente, a religião que lhe ensina a senda do bem, está em atividade intensa e renovadora, recebendo, por isto mesmo, as mais fortes contribuições de amparo espiritual, porquanto abre a porta viva da alma para o socorro de Mais Alto, através da oração e da posição ativa de confiança no Poder Divino.

O novo companheiro dirigiu-se a diferente setor. Postávamonos, agora, ao lado de um cavalheiro idoso, para cujo organismo Anacleto me reclamou atenção.
Analisei-o acuradamente. Com assombro, notei-lhe o fígado profundamente alterado. Outra nuvem, igualmente muito escura, cobria grande parte do órgão, compelindo-o a estranhos desequilíbrios.
Toda a vesícula biliar permanecia atingida. E via-se, com nitidez, que os reflexos negros daquela pequena porção de matéria tóxica alcançavam o duodeno e o pâncreas, modificando o processo digestivo. Alguns minutos de observação silenciosa davam-me a conhecer a extrema perturbação de que o órgão da bile se sentia objeto. As células hepáticas pareciam presas de perigosas vibrações.
Enderecei ao amigo espiritual meu olhar de admiração.
– Observou? – disse ele, bondosamente – Toda perturbação mental é ascendente de graves processos patológicos. Afligir a mente é alterar as funções do corpo. Por isso, qualquer inquietação íntima chama-se desarmonia e as perturbações orgânicas chamam-se enfermidades.
Colocou a destra amiga sobre a fronte do cavalheiro e acrescentou:
– Este irmão, portador dum temperamento muito vivo, está cheio dos valores positivos da personalidade humana. Tem atravessado inúmeras experiências em lutas passadas e aprendeu a dominar as coisas e as situações com invejável energia. Agora, porém, está aprendendo a dominar a si mesmo, a conquistar-se
para a iluminação interior. Em semelhante tarefa, contudo, experimenta choques de vulto, porquanto, dentro de sua individualidade dominadora, é compelido a destruir várias concepções que se lhe figuravam preciosas e sagradas. Nesse empenho, os próprios ensinamentos do Cristo, que lhe serve de modelo à renovação, doem-lhe no íntimo como marteladas, em certas circunstâncias.
Este homem, no entanto, é sincero e deseja, de fato, reformar-se.
Mas sofre intensamente, porque é obrigado a ausentar-se de seu campo exclusivo, a caminho do vasto território da compreensão geral. No círculo dos conflitos dessa natureza, vem lutando, desde ontem, dentro de si mesmo, para acomodar-se a certas imposições de origem humana que lhe são necessárias ao aprendizado espiritual e, no esforço mental gigantesco, ele mesmo produziu pensamentos terríveis e destruidores, que segregaram matéria venenosa, imediatamente atraída para o seu ponto orgânico mais frágil, que é o fígado. Ele, porém, está em prece regeneradora e facilitará nosso serviço de socorro, pela emissão de energias benéficas. Não fosse a oração, que lhe renova as forças reparadoras, e não fosse o socorro imediato de nossa esfera, poderia ser vítima de doenças mortais do corpo. A permanência de matéria tóxica, indefinidamente, na intimidade deste órgão de importância vital, determinaria movimentos destruidores para os glóbulos vermelhos do sangue, complicaria as ações combinadas da digestão e perturbaria, de modo fatal, o metabolismo das proteínas.
Anacleto fez uma pausa mais longa, sorriu cordialmente e acentuou:
– Isto, porém, não acontecerá. Na luta titânica em que se empenha consigo mesmo, a vontade firme de acertar é a sua âncora de salvação.
Permanecia tão surpreso com o ensinamento, que não ousei dirigir-lhe qualquer interrogação.
Anacleto continuou de pé e aplicou-lhe um passe longitudinal sobre a cabeça, partindo do contacto simples e descendo a mão, vagarosamente, até à região do fígado, que o auxiliador tocava com a extremidade dos dedos irradiantes, repetindo-se a operação por alguns minutos. Surpreendido, observei que a nuvem, de escura, se fizera opaca, desfazendo-se, pouco a pouco, sob o influxo vigoroso do magnetizador em missão de auxílio. O fígado voltou à normalidade plena.

Mais alguns minutos e nos encontramos diante de uma senhora grávida, em sérias condições de enfraquecimento.
Anacleto deteve-se mais respeitoso.
– Aqui – disse ele, sensibilizado – temos uma irmã altamente necessitada de nossos recursos fluídicos. Profunda anemia invade-lhe o organismo. Em regime de subalimentação, em virtude das dificuldades naturais que a rodeiam de longo tempo, a gravidez constitui para ela um processo francamente doloroso. O marido é parcamente remunerado e a esposa é obrigada a vigílias, noite adentro, a fim de auxiliá-lo na manutenção do lar. A prece, porém, não representa para este coração materno tão-somente um refúgio. A par de consolações espontâneas, ela recolhe forças magnéticas de substancial expressão que a sustentam no presente drama biológico.
Em seguida, indicou a região do útero e ponderou:
– Observe as manchas escuras que cercam a organização fetal.
Efetivamente, aderindo ao saco de liquido amniótico, viam-se microscópicas nuvens pardacentas vagueando em várias direções, dentro do sublime laboratório de forças geradoras.
Dando-me a perceber seu fundo conhecimento da situação, Anacleto continuou:
– Se as manchas atravessarem o líquido, provocarão dolorosos processos patológicos em toda a zona do epiblasto. E o fim da luta será o aborto inevitável.
Comovidíssimo, contemplei o quadro divino daquela mãe sacrificada, unida à organização espiritual daquele que lhe seria o filho no porvir. Foi o chefe da assistência magnética que me arrebatou daquela silenciosa admiração, explicando:
– Não obstante a fé que lhe exorta o caráter, apesar dos seus mais elevados sentimentos, nossa amiga não consegue furtar-se, de todo, à tristeza angustiosa, em certas circunstâncias. Há seis dias permanece desalentada, aflita. Dentro de algum tempo, o esposo deve resgatar um débito significativo, faltando-lhe, porém, os recursos precisos. A pobre senhora, contudo, além de suportar a carga de pensamentos destruidores que vem produzindo, é compelida a absorver as emissões de matéria mental doentia do companheiro, que se apóia na coragem e na resignação da mulher. As vibrações dissolventes acumuladas são atraídas para a região orgânica, em condições anormais e, por isso, vemo-las congregadas como pequeninas nuvens em torno do órgão gerador, ameaçando, não só a saúde maternal, mas também o desenvolvimento do feto.
Estupefato, ante os novos ensinamentos, reparei que Anacleto chamou um dos auxiliares, recomendando-lhe alguma coisa.
Logo após, muito cuidadosamente, atuou por imposição das mãos sobre a cabeça da enferma, como se quisesse aliviar-lhe a mente. Em seguida, aplicou passes rotatórios na região uterina. Vi que as manchas microscópicas se reuniam, congregando-se numa só, formando pequeno corpo escuro. Sob o influxo magnético do auxiliador, a reduzida bola fluídico-pardacenta transferiu-se para o interior da bexiga urinária.
Intensificando-me a admiração, o novo companheiro, dando os passes por terminados, esclareceu:
– Não convém dilatar a colaboração magnética para retirar a matéria tóxica de uma vez. Lançada no excretor de urina, será alijada facilmente, dispensando a carga de outras operações.
Foi então que se aproximou de Anacleto o servidor a quem me referi, trazendo-lhe uma pequenina ânfora que me pareceu conter essências preciosas.
O orientador do serviço tomou-a, zeloso, e falou:
– Agora, é preciso socorrer a organização fetal. A alimentação da genitora, por força de circunstâncias que independem de sua vontade, tem sido insuficiente.
Anacleto retirou do vaso certa porção de substância luminosa, projetando-a nas vilosidades uterinas, enriquecendo o sangue materno destinado a fornecer oxigênio ao embrião.
Expressando minha profunda admiração pelo concurso eficiente de que fora testemunha, considerou o generoso auxiliador:
– Não podemos abandonar nossos irmãos na carne ao sabor das circunstâncias, mormente quando procuram a cooperação precisa através da prece. A oração, elevando o nível mental da criatura confiante e crente no Divino Poder, favorece o intercâmbio entre as duas esferas e facilita nossa tarefa de auxilio fraternal.
Imensos exércitos de trabalhadores desencarnados se movimentam em toda parte, em nome de Nosso Pai. Em vista disto, meu irmão, o homem de bem encontrará, depois da morte do corpo, novos mundos de trabalho que o esperam e onde desenvolverá, infinitamente, o amor e a sabedoria, de que possui os germens no coração.

Em seguida, Anacleto passou a atender um cavalheiro, cujos rins pareciam envolvidos em crepe negro, tal a densidade da matéria mental fulminante que os cercava. Aplicou-lhe passes longitudinais, com muito carinho, e, finda a operação, observou-me:
– Um dia, compreenderá o homem comum a importância do pensamento. Por agora, é muito difícil revelar-lhe o sublime poder da mente.
O chefe da assistência magnética ia estender-se, talvez, em considerações educativas, mas um dos cooperadores do serviço aproximou-se e notificou-lhe, atencioso:
– Estimaria receber a sua orientação num caso de “décima vez”. Trata-se do nosso conhecido, que apresenta graves perturbações no baço.
Extremamente surpreendido, acompanhei Anacleto, que se dirigiu para um dos recantos da sala. À nossa frente estava um cavalheiro idoso, que o orientador examinou com atenção. Por minha vez, observei-lhe o fígado e o baço, que acusavam enorme desequilíbrio.
– Lastimável! – exclamou o chefe do auxílio, depois de longa perquirição. – Entretanto, apenas poderemos aliviá-lo. Agora, após dez vezes de socorro completo, é preciso deixá-lo entregue a si mesmo, até que adote nova resolução.
E, dirigindo-se ao auxiliar, acentuou:
– Poderá oferecer-lhe melhoras, mas não deve alijar a carga de forças destruidoras que o nosso rebelde amigo acumulou para si mesmo. Nossa missão é de amparar os que erraram e não de fortalecer os erros.
Percebendo-me o espanto, Anacleto explicou:
– Nosso esforço é também educativo e não podemos desconsiderar a dor que instrui e ajuda a transformar o homem para o bem. Nas normas do serviço que devemos atender, nesta casa, é imprescindível ajuizar das causas na extirpação dos males alheios.
Há pessoas que procuram o sofrimento, a perturbação, o desequilíbrio, e é razoável que sejam punidas pelas conseqüências de seus próprios atos. Quando encontramos enfermos dessa condição, salvamo-los dos fluidos deletérios em que se envolvem por deliberação própria, por dez vezes consecutivas, a titulo de benemerência espiritual. Todavia, se as dez oportunidades voam sem proveito para os interessados, temos instruções superiores para entregá-los à sua própria obra, a fim de que aprendam consigo mesmos. Poderemos aliviá-los, mas nunca libertá-los..."

sábado, 12 de setembro de 2015

Diante do Lar

 
 O lar é o centro de nossas atividades no mundo.
 Efetivamente, a Terra é a nossa temporária residência na vida e a Humanidade é a nossa verdadeira equipe familiar.
 Entretanto, no microcosmo doméstico, tens a lição e a bênção, a escola e a estação de cura.
 É por isso que entre as quatro paredes da casa terrestre, encontramos, enquanto na experiência física, os mais obscuros problemas.
 Aí dentro, no reduzido espaço de alguns metros, conhecemos o assalto do ciúme, o golpe da maledicência, o fel da incompreensão, a treva da calúnia, o vinagre da crítica, o frio da indiferença e a dor do cansaço, recolhendo, muita vez, pedras e espinhos de mãos queridas que desejaríamos viver osculando com inexcedível ternura.
  No acanhado círculo da consangüinidade, surgem para a alma as mais aflitivas sugestões de fracasso e os mais fortes apelos ao desânimo.
 Todavia, é também na intimidade desse anel de luta depuradora que surpreendemos abençoadas oportunidades de acrisolamento e ascensão.
 Absorvendo-lhe o clima inquietante, à maneira do metal impuro, no cadinho regenerador, nosso espírito em lhe recebendo a lixívia de suor e lágrimas, alcança expressivos degraus de soerguimento, avançado para a Vida Maior.
 Não desprezes as dificuldades e ias crises que, porventura, te façam da casa um templo de purgação.
 Usa a humildade e a paciência, a bondade e a tolerância, no comportamento diário, trabalhando e amando, aprendendo e servindo e o teu flagelado domicílio de hoje ser-te-á amanhã preciosa base, da qual poderás desferir os mais nobres vôos de paz e sublimação para a Grande Vitória.

Emmanuel - Livro Atenção Psicografia Chico Xavier

sábado, 25 de julho de 2015

TRILHAS DA REENCARNAÇÃO


Cornélio Pires



Morreu Tonico de Souza,
Vivia a caluniar...
Reencarnado, grita, grita,
Mas não consegue falar.

Por causa de terra e nota,
Líliu matou João Braúna,
Mas João nasceu de Líliu
Para herdar toda a fortuna.

Aceita com paciência
Crise, golpe, provação...
O sofrimento é remédio,
Bendita a reencarnação.

Foi-se Joana em cocaína,
Só procurava esquecer.
Agora nasceu doente
Para acordar no dever.

Morreu Tonico Sampaio,
Só de calúnia vivia...
Hoje tem lábio rachado,
Esmolando cirurgia.


Livro Coisas deste Mundo - Psicografia Chico Xavier

sábado, 4 de julho de 2015

NÃO SUPORTARAM

NÃO  SUPORTARAM
                                               
Mal - será sempre engano, erro, desequilíbrio, desajuste. E para recuperar-lhe convenientemente as vítimas, a primeira atitude é a do entendimento que nasce da compaixão.
Assim sucede porque a queda moral, no fundo, significa extravasamento da carga de emoções e idéias negativas que criamos em nós.
***
Quando anotes a presença de companheiros caídos em perturbação, reflete, sobretudo, no esforço imenso que despenderam para suportar a pressão dos próprios conflitos na intimidade da cela carnal em que provisoriamente residem.
Este reencarnou para resgatar antigos débitos perante inimigos de outras épocas cuja convivência lhe cabia tolerar por alguns poucos decênios. Entretanto, por algum tempo, agüentou em si próprio o impacto das vibrações contrárias que o contato difícil lhe causava e, embora sem razão, volveu ao campo da ofensa, reincidindo na culpa.
Aquele tornou à Terra a fim de reajustar-se em ambiente de penúria material, de modo a corrigir tendências à dissipação e ao desmando. Todavia carregou o fardo de obstáculos em certo trecho do caminho, até que, sem motivo justo para rebeldia, derivou para a deserção e remorsos conseqüentes.
Outro veio de novo ao Plano Físico a fim de operar a própria desvinculação de hábitos infelizes, após solicitar situações regenerativas em auxílio de si mesmo. No entanto, depois de algum trabalho em auto-reeducação, admitiu-se portador de imaginário cansaço e retornou aos costumes lastimáveis de outros tempos, adquirindo arrependimentos de longo prazo.
Outros ainda pediram graves provas na Terra para se afastarem das induções ao suicídio, em cujas sombras se demoraram em estâncias do pretérito. Mas, finda certa quota de aflições, impacientam-se com o peso dos problemas com que se oprimem e destroem o próprio corpo inutilmente, retomando trevas e lágrimas de que muito dificilmente lograrão se desvencilhar.
***
Quando observes o mal, compadece-te daqueles que lhe agüentam as investidas. Entretanto, compadece-te mais ainda de todos aqueles que o praticam.
Os que sofrem de consciência tranqüila estão ampliando o campo da alegria e da bênção nos domínios da própria alma. Os que estendem o mal, porém, não suportaram a si mesmos. E, como que fazendo explodir os conflitos que acumularam por dentro deles próprios, aniquilam benditas possibilidades da vida para cujo reajustamento serão necessariamente compelidos a lutar e recomeçar.

Livro “Chico Xavier pede licença” Psicografia Francisco C. Xavier Autores diversos

amor - casamento - divórcio

amor - casamento - divórcio
                                               

O amor a tudo resiste:
Treva, espinho, pedra e lama.              
O divórcio não existe
No coração de quem ama.                 
Lívio Barretto
Casamento é um céu a dois
Por entre sombras contrárias.              
Laços, que venham depois,
São provações voluntárias.                 
Irene De Souza Pinto
O amor aos outros, no fundo,
É a luz que encontro por fim,
Com que me livre no mundo
Da sombra que trago em mim.              
Eugênio Rubião
Casamento, muitas vezes,
É um rol de penas sofridas
Em que os cônjuges se pagam
Por débitos de outras vidas.              
Ulysses Bezerra
Amor que vive no lar
Nunca lida ou sofre em vão.                
Todo amor de sacrifício
É luz de sublimação.                      
Antônio De Castro
 
Felicidade no amor?
Não me perguntes qual é.
Quando fiel a si mesmo
Todo o amor merece fé.                                      
Casimiro Cunha
                  
Bendita a mão que escreveu
Essa sentença que dou:
“Quem amou nunca esqueceu”,
“Quem esqueceu nunca amou.”
Augusto Coelho
               
Divórcio não tem censura,
Mas se o fazes. . . Desde agora,
Atrasas conta madura
Pagando juros de mora.                                        
Deraldo Neville
                  
O divórcio nunca erra
No par em distância inglória,
Certas dívidas na Terra
Precisam de moratória.                                             
José Albano
                 
Caridade lembra um mar,
Imenso, renovador,
Que acolhe sem transbordar
Todas as fontes do amor.                           
Auta De Souza


Livro “Chico Xavier pede licença” Psicografia Francisco C. Xavier Autores diversos

quarta-feira, 1 de abril de 2015

VIDA CONJUGAL


VIDA  CONJUGAL
Emmanuel

 "Assim também vós, cada um em particular, ame a sua própria mulher como a si mesmo,
e a mulher reverencie o seu marido." - Paulo. (EFÉSIOS, 5:33.)

 As tragédias da vida conjugal costumam povoar a senda comum.
 Explicando o desequilíbrio, invoca-se a incompatibilidade dos temperamentos, os desencantos da vida íntima ou as excessivas aflições domésticas.
 O marido disputa companhias novas ou entretenimentos prejudiciais, ao passo que, em muitos casos, abre-se a mente feminina ao império das tentações, entrando em falso rumo.
 Semelhante situação, porém, será sempre estranhável nos lares formados sobre as escolas da fé, nos círculos do Cristianismo.
 Os cônjuges, com o Cristo, acolhem, acima de tudo, as doces exortações da fraternidade.
 É possível que os sonhos, muita vez, se desfaçam ao toque de provas salvadoras, dentro dos ninhos afetivos, construídos na árvore da fantasia.
 Muitos homens e mulheres exigem, por tempo vasto, flores celestes sobre espinhos terrenos, reclamando dos outros atitudes e diretrizes que eles são, por enquanto, incapazes de adotar, e o matrimônio se lhes converte em instituição detestável.
 O cristão, contudo, não pode ignorar a transitoriedade das experiências humanas.
 Com Jesus, é impossível destruir os divinos fundamentos da amizade real.
 Busque-se o lado útil e santo da tarefa e que a esperança seja a lâmpada acesa no caminho...
 Tua esposa mantém-se em nível inferior à tua expectativa? Lembra-te de que ela é mãe de teus filhinhos e serva de tuas necessidades.
 Teu esposo é ignorante e cruel? Não olvides que ele é o companheiro que Deus te concedeu ...

Livro: Vinha de Luz - Emmanuel - Psicografia de Chico Xavier

domingo, 15 de março de 2015

NOTAS DE SAÚDE

NOTAS  DE  SAÚDE
André Luiz

Menosprezo de alguém?
Trabalhe e esqueça.
Perseguição e discórdia?
Trabalhe e pacifique.
Inveja e ódio?
Trabalhe e ame sempre.
Ofensas no lar?
Trabalhe e abençoe.
Desilusões à frente?
Trabalhe e renove-se.
Censura e crítica?
Trabalhe e agradeça.
Intriga e maledicência?
Trabalhe e silencie.
Golpes e prejuízos?
Trabalhe e siga adiante.
Crueldade e traição?
Trabalhe e desculpe.
Em todas as dificuldades,
Trabalhe, ore e perdoe.

Reconheçamos, porém, que, em qualquer processo de sustentação da saúde, o primeiro passo será sempre "trabalhar".