NÃO
SUPORTARAM
Mal - será
sempre engano, erro, desequilíbrio, desajuste. E para recuperar-lhe
convenientemente as vítimas, a primeira atitude é a do entendimento que
nasce da compaixão.
Assim
sucede porque a queda moral, no fundo, significa extravasamento da carga de
emoções e idéias negativas que criamos em nós.
***
Quando
anotes a presença de companheiros caídos em perturbação, reflete, sobretudo,
no esforço imenso que despenderam para suportar a pressão dos próprios
conflitos na intimidade da cela carnal em que provisoriamente residem.
Este
reencarnou para resgatar antigos débitos perante inimigos de outras épocas
cuja convivência lhe cabia tolerar por alguns poucos decênios. Entretanto,
por algum tempo, agüentou em si próprio o impacto das vibrações contrárias
que o contato difícil lhe causava e, embora sem razão, volveu ao campo da
ofensa, reincidindo na culpa.
Aquele
tornou à Terra a fim de reajustar-se em ambiente de penúria material, de
modo a corrigir tendências à dissipação e ao desmando. Todavia carregou o
fardo de obstáculos em certo trecho do caminho, até que, sem motivo justo
para rebeldia, derivou para a deserção e remorsos conseqüentes.
Outro veio
de novo ao Plano Físico a fim de operar a própria desvinculação de hábitos
infelizes, após solicitar situações regenerativas em auxílio de si mesmo. No
entanto, depois de algum trabalho em auto-reeducação, admitiu-se portador de
imaginário cansaço e retornou aos costumes lastimáveis de outros tempos,
adquirindo arrependimentos de longo prazo.
Outros
ainda pediram graves provas na Terra para se afastarem das induções ao
suicídio, em cujas sombras se demoraram em estâncias do pretérito. Mas,
finda certa quota de aflições, impacientam-se com o peso dos problemas com
que se oprimem e destroem o próprio corpo inutilmente, retomando trevas e
lágrimas de que muito dificilmente lograrão se desvencilhar.
***
Quando
observes o mal, compadece-te daqueles que lhe agüentam as investidas.
Entretanto, compadece-te mais ainda de todos aqueles que o praticam.
Os que
sofrem de consciência tranqüila estão ampliando o campo da alegria e da
bênção nos domínios da própria alma. Os que estendem o mal, porém, não
suportaram a si mesmos. E, como que fazendo explodir os conflitos que
acumularam por dentro deles próprios, aniquilam benditas possibilidades da
vida para cujo reajustamento serão necessariamente compelidos a lutar e
recomeçar.
Livro “Chico Xavier pede licença” Psicografia Francisco C. Xavier Autores
diversos
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